A digital influencer e modelo de Aparecida de Goiânia, Denise Araújo, faz sucesso em sua carreira e nas redes sociais, onde tem mais de 110 mil seguidores no Instagram. Seu desejo, além de falar sobre beleza e marcas de sua confiança, é influenciar mulheres sobre a força feminina e a luta por seus direitos.
Por ter uma história de vida marcada para muitos desafios, dificuldades e superação, após engravidar na adolescência e criar seus filhos sozinha, ela quer fazer mais pelas mulheres. Entre os projetos sociais que deseja desenvolver é a criação de um espaço de acolhimentos para mães que se veem sem uma rede de apoio para cuidar de seus filhos e também que são vítimas de violência doméstica.
Essa ideia surgiu a partir de sua própria história de vida. Denise, que desde os 15 anos trabalha como modelo, se viu grávida aos 17. Filha de pastores evangélicos, ela foi colocada para fora de casa após seus pais saberem de sua gestação.
“O pai do meu filho não quis assumi-lo naquele momento e me vi sozinha, sem ajuda. Um amigo me recebeu na casa dele, meu deu abrigo naquela fase difícil e acabamos nos casando depois de um tempo”, contou. Segundo a influenciadora, esse mesmo amigo registrou seu filho, mas depois de três anos o relacionamento acabou. Nesse período o pai biológico se reaproximou e assumiu suas responsabilidades.
“Sei o quanto foi difícil não ter uma rede de apoio para conseguir trabalhar e encaminhar a vida com um filho pequeno. Muitas mulheres adolescentes sofrem como esse mesmo problema e quero ajuda-las. Uma casa de acolhimento poderia dar o suporte necessário para que elas se restabeleçam e sigam suas vidas, dando lugar para outras depois que também enfrentam dificuldades”, destacou a modelo.
Ela ressalta também a importância de ter uma oportunidade de trabalho. “Mulheres de todas as idades enfrentam dificuldade para conseguir uma colocação sem ter onde deixar seus filhos e muitas vivem com homens agressores porque não sabem como seguirem sozinhas e como vão sustentar sua família”, acrescentou. Para Denise, além de apoio, é preciso oferecer qualificação profissional e maior oferta de vagas para crianças em Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs).